Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 7 de 7
Filtrar
1.
Saúde Soc ; 30(2): e200414, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1341672

RESUMO

Resumo Este artigo analisa a forma e os efeitos da coleta do quesito raça/cor na pesquisa "Racismo, relações de saber-poder e sofrimento psíquico". A pesquisa foi realizada em uma parceria entre as Universidades Federais do Rio Grande do Sul e de Pelotas e as Secretarias Municipais de Saúde de Porto Alegre e de Pelotas, com foco na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma pesquisa elaborada em conjunto com profissionais da rede. O referencial teórico-metodológico se sustenta na psicologia social e na pesquisa-intervenção. Foram entrevistados(as) 580 usuários(as) e realizados 11 grupos focais com usuários(as) e profissionais da saúde. Os resultados apontam que 53% dos(as) usuários(as) entrevistados(as) se autodeclararam negros(as), corroborando outros estudos que demonstram que os(as) usuários(as) do SUS são majoritariamente negros(as). Na análise dos grupos focais, identificamos três aspectos principais: (1) existe a dificuldade em perguntar/responder a autodeclaração racial; (2) o racismo se expressa na coleta do quesito raça/cor; (3) os(as) profissionais de saúde têm dificuldade em reconhecer a utilidade do quesito raça/cor. Assim, é preciso fortalecer as práticas de educação continuada sobre as relações entre racismo e saúde.


Abstract This article analyzes the form and effects of collecting information on race/color in the research "Racism, knowledge-power relations and psychological suffering". The research was carried out in a partnership between the Federal Universities of Rio Grande do Sul and Pelotas and the Municipal Health Departments of Porto Alegre and Pelotas, focused on the Basic Care of the Unified Health System (SUS). This is a research developed in conjunction with health professionals. The theoretical-methodological framework is based on social psychology and research-intervention. In total, 580 users were interviewed, and 11 focus groups were held with users and health professionals. The results show that 53% of the interviewed users declared themselves as black, corroborating other studies that demonstrate that SUS' users are mostly black. In the analysis of the focus groups, we identified three main aspects: (1) there is a difficulty in asking/answering the racial self-declaration; (2) racism is expressed in the collection of information on race/color; (3) health professionals find it difficult to recognize the usefulness of the race/color item for health practices. Thus, it is necessary to strengthen continuous education practices on the relation between racism and health.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Sistema Único de Saúde , Pessoal de Saúde , Racismo
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(2): 631-639, Feb. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-984216

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é verificar a associação entre homicídio doloso, tráfico de drogas e indicadores sociais em Salvador, Bahia, Brasil, no ano de 2010. Trata-se de estudo ecológico a partir dos casos de homicídios dolosos e de tráfico de drogas registrados pela Polícia Civil da Bahia com indicadores sociais. A análise entre o coeficiente de homicídio doloso, tráfico de drogas e proporção de homens negros de 15 a 49 anos foi feita através do modelo de regressão binomial negativa, com software R versão 2.13.0. Foram registrados 1.391 homicídios dolosos em 2010, gerando coeficiente de 108,5 homicídios por 100mil habitantes. Na associação foi observado que nos bairros com proporção de homens negros de 15 a 49 anos acima de 60%, esse coeficiente aumentou 89% (≥ 60% e ≤ 80%) e 87% (> 80%), comparado com bairros com proporção menor que 60%. Quanto ao tráfico de drogas, houve aumento médio de 40% estatisticamente significante nesse coeficiente nos bairros com 5 ou mais casos, comparado com bairros com menos de 5. As evidências empíricas observadas poderão contribuir para o conhecimento sobre o fenômeno dos óbitos por homicídios dolosos nas grandes cidades e poderá auxiliar gestores, segurança pública e sociedade civil organizada no enfrentamento desse problema.


Abstract To study the association between intentional homicide, drug trafficking and social indicators in Salvador, Bahia, Brazil in 2010. This is an ecological study, based on cases of intentional homicides and drug trafficking registered by the Civil Police of Bahia, as well as social indicators. A negative binomial regression model, utilizing R software (version 2.13.0), was used to verify the association between the homicide rate, drug trafficking and the proportion of black males aged 15 - 49. There were 1391 homicides in 2010, giving a rate of 108.5 homicides per 100,000 people. It was observed that in neighborhoods with a proportion of black males aged 15 - 49 over 60%, this rate increased by 89% (≥ 60% and ≤ 80%) and 87% (> 80%), compared to neighborhoods with less than 60% of black males aged 15 - 49. Regarding the factor of drug trafficking, there was a statistically significant average increase of 40% in terms of this coefficient in neighborhoods with five or more cases of drug trafficking, compared to neighborhoods with less than five of such cases. The empirical evidence that was observed can help to contribute to the existing knowledge about the phenomenon of deaths due to homicide in large cities, and it will also help managers, public security and organized civil society to face this problem.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Condições Sociais/estatística & dados numéricos , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Tráfico de Drogas/estatística & dados numéricos , Homicídio/estatística & dados numéricos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Análise de Regressão , Negro ou Afro-Americano/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
3.
Saúde Soc ; 25(3): 561-572, jul.-set. 2016. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-830857

RESUMO

Resumo Historicamente, no Brasil, os indicadores de saúde de mães e bebês segundo cor da pele mostram quadro desfavorável às negras (pretas e pardas). Na última década, a redução das disparidades de renda e escolaridade, assim como a universalização da assistência à saúde, podem ter alterado esse quadro, em alguma medida. O objetivo deste artigo foi analisar as mudanças nas desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade no Sudeste do Brasil, segundo raça/cor, na última década. Utilizamos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012). Análise estatística descritiva foi realizada para a caracterização sociodemográfica, do acesso à assistência pré-natal, antecedentes clínicos e obstétricos, e características da assistência ao parto. Encontramos diferenças desfavoráveis às pretas e pardas quanto à escolaridade, renda e ao trabalho remunerado; as brancas tinham mais planos de saúde privados e maior idade. As pretas e pardas tiveram menor número de consultas, menos ultrassonografias, mais cuidado pré-natal considerado inadequado, maior paridade e mais síndromes hipertensivas. No parto, tiveram menos acompanhantes, mais partos vaginais, embora a cesárea tenha dobrado entre as negras, que com mais frequência entraram em trabalho de parto e tiveram filhos nascidos de termo pleno. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à situação conjugal, intercorrências da gestação, diabetes mellitus, anemias, sífilis, HIV, peregrinação para o parto, near miss materno ou neonatal e na maioria das intervenções no parto vaginal. Ainda que importantes disparidades persistam, houve alguma redução das diferenças sociodemográficas e um aumento do acesso, tanto a intervenções adequadas quanto às desnecessárias e potencialmente danosas.


Abstract Historically, in Brazil, the health indicators of mothers and babies by skin color show an unfavorable picture to black and brown-skinned women. In the last decade, the reduction of disparities in income and education, as well as the universalization of health care, may have altered this situation to some extent. The objective of this study was to analyze the changes in socio-demographic inequalities and maternity care in Southeastern Brazil, by race/color, in the last decade. We used data from the national survey Born in Brazil (2011-2012). Descriptive statistical analysis was performed in order to define socio-demographic characteristics, access to antenatal care, clinical and obstetric history, and characteristics of birth assistance. We found differences unfavorable to black and brown-skinned women in education, income, and paid work; white women had more private health insurance plans, and increased age. Black and brown women had fewer medical appointments, fewer ultrasounds, more antenatal care considered inadequate, higher parity, and more hypertensive disorders. In childbirth, they had fewer companions and more vaginal deliveries, although the cesarean rate has grown twice as high among black women. More often they went into labor and had children born full term. There was no statistically significant difference in marital status, pregnancy complications, diabetes mellitus, anemia, syphilis, HIV, pilgrimage to delivery, neonatal or maternal near miss, and most of the interventions in vaginal delivery. Although major disparities persist, there was some reduction in sociodemographic differences as well as increased access to both appropriate and unnecessary and potentially harmful interventions.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Qualidade da Assistência à Saúde , Fatores Socioeconômicos , Etnicidade , Saúde Materno-Infantil , Saúde da Mulher , Assistência Perinatal , Equidade em Saúde , Tocologia , Cuidado Pré-Natal , Planos de Pré-Pagamento em Saúde , Pessoal de Saúde , População Negra , Saúde Reprodutiva , Racismo
4.
Saúde Soc ; 23(4): 1235-1247, Oct-Dec/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-733017

RESUMO

Este estudo objetivou verificar o perfil dos moradores dos hospitais psiquiátricos do Estado de São Paulo segundo raça/cor. Para isso, foi realizado um levantamento do Censo Psicossocial de moradores em hospitais psiquiátricos próprios e conveniados pelo SUS do Estado de São Paulo que estavam com tempo de internação igual ou superior a um ano, a partir de 30/11/2007. Ao caracterizar o perfil dessa população, foi identificado que a população branca é predominante nesses hospitais, totalizando 60,29% do total de moradores. No entanto, os dados de raça/cor do censo demográfico do ano 2000 informam que 27,4% da população do estado de São Paulo é preta e parda e na população moradora de hospitais psiquiátricos, esse número alcançou 38,36%. Como resultados, constatou-se uma maior proporção de negros que estão internados porque não têm renda e/ou lugar para morar. Essa população possui uma rede social frágil, recebe menos visitas, - precariedade social - associada ao transtorno mental ou doenças clínicas. Apesar de existir a Portaria GM 106/2000 que instituiu os Serviços de Residenciais Terapêuticos (SRTs) para egressos de internações psiquiátricas de longa permanência com ausência e/ou fragilidade de redes sociais de suporte, supõe-se que os negros não são contemplados por esta resolução. Os efeitos psicossociais do racismo e o impacto dos processos de preconceito, exclusão e apartamento social na saúde mental são evidenciados neste artigo...


This study aimed to determine the profile of the residents of psychiatric hospitals in the State of São Paulo, according to race/color. For this secondary data was used from the Psychosocial Census of residents of psychiatric hospitals owned and insured by SUS State of São Paulo, which featured people with a length of stay equal to or higher than one year as of 30/11/2007. When characterizing the profile of this population, it was identified that in regards to race/color, the greater expressiveness was among the white population, which equals 60.29% of total residents. Data on race/color of the 2000 Census reports that out of the total population of the State of São Paulo, 27.4% are black and brown, but when considering the population living in psychiatric hospitals, this number reached 38.36%. It was observed that there is a higher proportion of blacks who are admitted because they have no income or place to live, weak social network, receive fewer visits - precarious social life - associated with mental disorders or medical conditions. Despite the GM Ordinance 106/2000, which establishes RTSs for former patients of psychiatric long stay, with absent and/or fragile social support networks, it can be assumed that these were not covered by this resolution. The psychosocial effects of racism and the impact of processes of prejudice, exclusion and social separation on mental health are highlighted in the article...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Censos , Desinstitucionalização , Hospitais Psiquiátricos , Moradias Assistidas , Saúde Mental , Serviços de Saúde Mental , Sistema Único de Saúde , Institucionalização/história , Política de Saúde , Racismo , Transtornos Mentais
5.
Psicol. soc. (Online) ; 26(2): 323-334, maio-ago. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720910

RESUMO

Este artigo discute teoricamente as articulações entre gênero e raça/cor na temática da violência de gênero nas relações de intimidade. A fundamentação teórica é composta pelos estudos de Michel Foucault sobre as relações de poder, pelos estudos contemporâneos de gênero (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) e pelos estudos de raça/cor (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). O trabalho de campo, envolvendo entrevistas e análise de andamento de processos judiciais, foi desenvolvido no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e na Delegacia da Mulher, em Porto Alegre, no período de maio de 2010 a outubro de 2011. Destaca-se como necessária a problematização sobre as formas como as questões de raça/cor se entrecruzam nos discursos sobre violência de gênero nas relações de intimidade, uma vez que a maneira como as vulnerabilidades são vividas pelas mulheres variam fortemente de acordo com suas experiências singulares de vida e com os marcadores sociais.


Este trabajo discute teóricamente las articulaciones entre género y raza/color en el tema de la violencia de género dentro de las relaciones íntimas. El marco teórico se compone de los estúdios de Michel Foucault sobre las relaciones de poder, por estúdios contemporáneos de género (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) y por estúdios de raza/color (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). El trabajo de campo, compuesto por entrevistas y análisis de procesos judiciales no concluídos, se desarrolló en el Juzgado de Violencia Doméstica y Familiar contra la Mujer y en la Comisaría de la Mujer, en Porto Alegre, en el período de Mayo 2010 a Octubre de 2011. El cuestionamento de las formas en que las cuestiones de raza / color se entrecruzan en los discursos sobre la violencia de género en las relaciones íntimas es necesario, ya que la forma como las vulnerabilidades son experimentadas por las mujeres varían mucho de acuerdo a sus experiencias de vida únicas y los marcadores sociales.


This article discusses theoretically the gender/race articulation in gender violence in intimacy relationships. The theoretical-methodological approach is based in Michel Foucault's analysis of power relations and contemporary gender studies (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) as well as race and color studies (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). The field work, including interviews and processes' analysis using a convenience sample was conducted in the domestic and familiar violence judgeship and women's police station, in the city of Porto Alegre from May 2010 until October 2011. We reaffirm the necessary discussion about how race/color is intercrossed in the gender violence in intimacy situations, once vulnerabilities are lived in different ways depending on women singular life experiences and its social determinants.


Assuntos
Humanos , Direitos Humanos , Jurisprudência , Racismo , Violência contra a Mulher
6.
Saúde Soc ; 19(supl.2): 51-62, dez. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-574950

RESUMO

OBJETIVO: verificar a vulnerabilidade ao HIV/aids de adolescentes femininas moradoras de favelas da cidade do Rio de Janeiro. MÉTODO: foi utilizada uma combinação de métodos, quantitativo e qualitativo. Na etapa quantitativa, realizou-se um estudo observacional de corte transversal por meio de entrevistas e exames clínico/laboratoriais para diagnóstico de DST, e, na qualitativa, desenvolveram-se grupos focais sobre os temas sexualidade, gênero e raça. RESULTADOS: foram entrevistadas 816 adolescentes de 10 diferentes comunidades, com um grupo focal em cada favela: 74 por cento eram negras, 39 por cento eram sexualmente ativas e destas 24,4 por cento eram portadoras de DST. Houve uma relação estatisticamente significativa entre a variável raça/cor negra e a atividade sexual. Na fase qualitativa, evidenciou-se que a discriminação racial sofrida é cotidiana e contribui para a construção de autoimagem negativa que aliada a pobreza, violência de gênero e dificuldade de acesso aos serviços de saúde ampliam a vulnerabilidade às DST/aids. CONCLUSÃO: o estudo sugere a criação de políticas que proporcionem o aumento da oferta de serviços de atendimento ginecológico a esse público, com ações que favoreçam a utilização de preservativo feminino e contribuam para reduzir a desigualdade social, de gênero e de raça.


OBJECTIVE: To verify the vulnerability to HIV/AIDS of female adolescents that live in poor communities of the city of Rio de Janeiro. METHODS: It was carried out with quantitative and qualitative analyses. The quantitative phase was a cross-sectional study, through interviews of 816 adolescents and clinical/laboratory tests in ten different slums, and the qualitative phase was done on one focus group about sexuality of gender and race in each community. RESULTS: 74 percent of the adolescents were black, 39 percent had sexual activity and 24.4 percent of those had STD. A statistical significant association occurred between the black color/race and sexual activity. In the qualitative stage, it became evident that racial discrimination occurs every day and contribute to a negative self-concept. This, in addition to poverty, violence based in gender and bad access to health services, creates a vulnerability context to STD/AIDS. CONCLUSION: This study suggests policies that offer more gynecologic services to this public, with actions that favor the use of feminine condom and contribute to the reduction of social, gender, and race inequality.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Violência , Mulheres , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Adolescente , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , Sexualidade , Vulnerabilidade Social , Pesquisa Qualitativa , Grupos Raciais , Estudos de Avaliação como Assunto , Identidade de Gênero
7.
Salvador; s.n; 2010. 101P p.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1121457

RESUMO

O termo "Qualidade de Vida" tem sido mencionado com muita frequência nos últimos tempos, seja na linguagem cotidiana ou no contexto científico. Na área da saúde, o interesse por este tema é recente e decorre de mudanças demográficas caracterizadas pela longevidade e pelo crescimento econômico. Estudos com portadores(as) de doenças crônicas têm demonstrado que o comprometimento dos aspectos físicos e mentais interfere diretamente nas atividades da vida diária e na vida social, dessa forma afetando a qualidade de vida dessas pessoas. Este estudo tem por objetivo geral: investigar se existe significância estatística de qualidade de vida entre mulheres e homens com anemia falciforme atendidas em unidades de referência para doença falciforme no Estado da Bahia, e por objetivos específicos: traçar o perfil sociodemográfico da amostra; determinar os níveis de qualidade de vida, por sexo; determinar a relação entre sexo e qualidade de vida geral e por aspectos específicos; verificar a relação entre níveis de qualidade de vida geral e por aspectos específicos, segundo sexo. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, com amostra constituída por 73 pessoas, acima de 18 anos de idade com anemia falciforme e acompanhadas por unidades de referência do estado da Bahia. Foram respeitados os aspectos éticos tendo o projeto sido aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram coletados através de dois instrumentos: o primeiro investigou o perfil sociodemográfico, e o segundo foi utilizado para avaliar a qualidade de vida, o WHOQOL-100. Para o processamento dos dados utilizou-se o SPSS versão 15,0. Foi realizada análise estatística descritiva. Posteriormente, calculados os valores que indicam os escores médios da percepção da qualidade de vida geral e os escores médios dos aspectos específicos de qualidade de vida. Resultados: a maioria são mulheres (53,4%); acompanhadas no HUPES (53,8%); de cor preta (51,3%); com idade entre 18 e 39 anos (66,7%); solteiras (59%); havia completado o ensino fundamental (66,7%); católicas (59%); soteropolitanas (61,5%); com saneamento básico: coleta de lixo (92,3%), água potável (97,4%) e tratamento de esgoto (69,2%); possuem casa própria (89,7%); não tinham filhos(as) (56,4%); têm renda mensal pessoal menor do que 1 salário mínimo (53,8%) e familiar de 1 a 3 salários mínimos (61,5%), não recebe nenhum tipo de benefício (82,1%), tiveram diagnóstico tardio, a partir de 1 ano de idade para anemia falciforme (71,7%). De maneira geral, os níveis de qualidade de vida para mulheres e homens foram altos. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre mulheres e homens na análise da qualidade de vida global. Na classificação da qualidade de vida em níveis, verificou-se que as mulheres apresentaram qualidade de vida mais baixa do que os homens. Verificou-se diferença estatisticamente significativa para as variáveis ligadas aos aspectos específicos: energia e fadiga, relações pessoais e atividade sexual, recursos financeiros, ambiente físico e transporte. Conclui-se que a utilização do recorte em gênero nas investigações em saúde se faz necessária, como eixo transversal, pois possibilita a visualização das desigualdades entre mulheres e homens, e então seja capaz de impactar políticas públicas a fim de reduzir tamanhas desigualdades, proporcionando melhor qualidade de vida para as pessoas, sejam essas com doença crônica ou não.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Qualidade de Vida , Saúde da Mulher , População Negra , Anemia Falciforme , Assistência Integral à Saúde
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA